Sport Recife Demite António Oliveira Após Quatro Jogos Sem Vitória na Série A

António Oliveira Fora do Sport Recife Após Início Fraco

Parece roteiro repetido: técnico estrangeiro chega ao Brasil com promessa de renovação, mas não sobrevive à pressão dos maus resultados. Desta vez, o português António Oliveira foi quem não aguentou o tranco. O Sport Recife anunciou sua saída após apenas quatro partidas e nenhuma vitória na Série A. O time amarga a lanterna do campeonato, com apenas três pontos em onze rodadas — uma campanha para ninguém botar defeito se a intenção fosse mesmo cair para a Segundona.

António aterrissou no Recife no início de maio, vindo como aposta para substituir Pepa, outro português que também não conseguiu fazer a equipe decolar. Foram só trinta dias no cargo, um empate e três derrotas — os números falam por si. O treinador chegou animado, falando em projeto a longo prazo, mas quem acompanha o futebol brasileiro sabe que o tempo é inimigo dos técnicos. Por aqui, o calendário é intenso e a paciência, curta.

O acordo de António era para ficar até dezembro de 2025, com uma pegadinha comum: o contrato renovaria automaticamente caso o Sport Recife conseguisse vaga na Copa Sudamericana. Com o desempenho atual, essa cláusula virou piada nos corredores da Ilha do Retiro.

Família de Futebol e Nova Busca por Técnico

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O sobrenome Oliveira pesa. Filho do lendário Toni, ex-Benfica e atual vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, António carrega a marca de uma família de futebol, mas nem toda tradição segura treinador em crise. Antes de desembarcar no Brasil, ele passou pelas categorias de base do Benfica e comandou o time B do clube lisboeta. Já no futebol brasileiro, sua trajetória tem sido uma montanha-russa: depois de trabalhos no Athletico Paranaense, Cuiabá, Coritiba e uma passagem bem rápida pelo Corinthians em 2024, parecia que teria fôlego no Nordeste. Não teve.

O contexto do Sport Recife ajuda a explicar a pressa. A torcida está impaciente, vendo o Sport Recife em último lugar, com desempenho fraco no ataque e uma defesa que não assusta ninguém. O comando do clube optou pelo corte rápido, na esperança de encontrar um nome que pelo menos traga alívio — ou, na pior das hipóteses, um empatezinho aqui e uma vitória suada ali para espantar a crise.

  • Campanha: 3 pontos em 11 jogos, cenário desolador para um clube tradicional.
  • Oliveira não resistiu à pressão por resultados imediatos, algo comum no Brasileirão.
  • O Sport ainda não anunciou quem assume o comando, alimentando a ansiedade na torcida.

Não é só o treinador que sente a pressão por resultados instantâneos. Cartolas, jogadores e até os torcedores reconhecem: no futebol brasileiro, quem não entrega perde emprego e fôlego em tempo recorde. O desafio agora é encontrar quem aceite o convite de tentar salvar o Sport Recife do rebaixamento, sabendo que a margem de erro já virou pó.

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