TV Asa Branca estreia telejornal AB2 em Alagoas após decisão do STF

Quando TV Asa Branca lançou o telejornal AB2 às 19h10 de segunda‑feira, 6 de outubro de 2025, a mídia alagoana vibrou. Nathália Lopes comandou a bancada, enquanto Henrique Pereira, Thiffanne Barboza e Lucas Malafaia enviaram as reportagens de campo. A estreia segue a decisão do Supremo Tribunal Federal, assinada pelo ministro Luís Roberto Barroso em 26 de setembro, que encerrou o contrato da TV Gazeta de Alagoas, controlada por Fernando Collor de Mello. O novo sinal chegou a Maceió (canal 28.1), Arapiraca (15.1) e Delmiro Gouveia (14.1), marcando a primeira produção jornalística local da emissora.

Contexto da mudança de afiliada em Alagoas

Até o final de setembro de 2025, a TV Gazeta de Alagoas era a porta de entrada da Globo Nordeste no estado. O contrato, porém, era alvo de críticas devido à ligação de seus acionistas com processos de corrupção e lavagem de dinheiro, o que gerava "grave insegurança jurídica", segundo o próprio STF.

A decisão de Luís Roberto Barroso foi clara: a manutenção compulsória violava a autonomia editorial da Globo e o interesse público. Na manhã de 27 de setembro, a TV Asa Branca, com sede em Caruaru, Pernambuco, assumiu a transmissão, inicialmente como TV Elo, retransmitindo a grade da Globo Nordeste enquanto a estrutura local era finalizada.

Lançamento do telejornal AB2

O AB2 foi planejado desde 2023, quando a diretoria de Caruaru já investia em estúdios, equipamentos de captação e recrutamento de jornalistas alagoanos. A escolha do título – "Alagoas Broadcast 2" – sinaliza a intenção de ser a segunda voz da Globo no estado, ao lado da programação nacional e regional.

Na bancada, Nathália Lopes trouxe experiência de reportagem investigativa feita nos jornais de Maceió, enquanto os correspondentes – Henrique Pereira, Thiffanne Barboza e Lucas Malafaia – correram pelos bairros de Arapiraca, pelas praias de Delmiro Gouveia e pelos centros urbanos de Maceió para entregar matérias que iam de saúde pública a cultura popular.

A produção contou ainda com uma equipe técnica de 25 pessoas, incluindo editores, cinegrafistas e designers gráficos, que trabalharam em duas semanas intensas para cumprir a primeira edição ao vivo. O resultado foi um telejornal de 30 minutos, com quatro blocos temáticos: política estadual, economia local, cultura e esportes.

Reações e expectativas da população

Nas redes sociais, o post de estreia – "É apenas o começo" – recebeu mais de 15 mil curtidas em menos de duas horas. Moradores de Maceió elogiaram a presença de repórteres que conhecem a realidade do bairro, enquanto usuários de Arapiraca reclamaram da necessidade de melhorar a qualidade do sinal nas áreas rurais.

Especialistas em comunicação apontam que a criação de um telejornal local reforça a pluralidade de vozes no estado. "Alagoas tem uma identidade muito rica, e a TV Asa Branca agora tem um canal dedicado a narrar essa história", comenta Marcos Pereira, professor de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas.

Impacto no cenário midiático regional

Impacto no cenário midiático regional

A entrada da TV Asa Branca altera o equilíbrio de mercado entre as emissoras locais. A antiga TV Gazeta, agora sem a bandeira da Globo, tem buscado parcerias com outros grupos de mídia para manter a audiência.

Para a Globo Nordeste, a mudança representa uma vitória estratégica: garante maior controle sobre a grade local e abre espaço para novos investimentos em produção de conteúdo original, sobretudo nos formatos de curta-metragem e documentário que valorizam a cultura do Agreste e do litoral alagoano.

Próximos passos da TV Asa Branca

Nos próximos meses, a emissora pretende ampliar a cobertura esportiva, incluindo transmissões ao vivo de partidas do Clube de Regatas Brasil (CRB) e do CSA, além de criar um boletim de turismo que destaque destinos como Maragogi e São Miguel dos Milagres.

Em termos de tecnologia, a TV Asa Branca anunciou a implantação de estúdios em HD completo até o final de 2025, bem como a oferta de conteúdo on‑demand via aplicativo próprio, que já está em fase beta.

Com a re‑sintonia concluída, os alagoanos têm, agora, acesso a uma programação que mistura o peso da Globo com a proximidade de um telejornal nascido na própria terra. O futuro parece promissor, mas dependerá da capacidade da nova afiliada de manter a credibilidade e a relevância em um mercado cada vez mais digital.

Perguntas Frequentes

Como o telejornal AB2 influencia a informação regional?

O AB2 traz reportagens produzidas por jornalistas alagoanos, focando em fatos que muitas vezes não chegam à programação nacional. Isso amplia a diversidade de pautas e permite que problemas locais, como falta de água em áreas rurais, recebam atenção imediata.

Qual foi o papel do STF na mudança de afiliada?

Em 26 de setembro de 2025, o ministro Luís Roberto Barroso assinou a decisão que anulou o contrato da TV Gazeta de Alagoas. O STF entendeu que a manutenção do contrato feria a autonomia da Globo e criava insegurança jurídica.

Quem são os apresentadores e repórteres do AB2?

A bancada é comandada por Nathália Lopes. As reportagens são feitas por Henrique Pereira, Thiffanne Barboza e Lucas Malafaia, todos profissionais nascidos e criados em Alagoas.

Em quais cidades o sinal da TV Asa Branca está disponível?

O sinal pode ser sintonizado em Maceió (canal 28.1), Arapiraca (15.1) e Delmiro Gouveia (14.1). A emissora recomenda a re‑sintonia e, se necessário, o ajuste da antena.

Quais são os próximos projetos da TV Asa Branca em Alagoas?

Além da continuação do AB2, a emissora pretende lançar um boletim de turismo, cobrir ao vivo jogos do CRB e do CSA, e disponibilizar conteúdo on‑demand via aplicativo móvel. Também está prevista a transição completa para transmissão em HD até o fim de 2025.

Comentários
  1. Luciano Hejlesen

    É impressionante como o panorama midiático de Alagoas está sendo remodelado por poucos interesses supremos 😏. A TV Asa Branca, ao assumir o AB2, parece mais um experimento de elite do que um serviço público. Claro, a decisão do STF foi necessária para impedir que a Gazeta continuasse perpetuando corrupção, mas ainda assim, essa transferência parece uma jogada de bastidores onde apenas os poderosos realmente se beneficiam. Se realmente queremos pluralidade, precisamos de mais do que uma fachada de independência editorial. 🎭

  2. Marty Sauro

    Olha, a gente até pode rir da seriedade toda, mas o fato é que o AB2 chegou e trouxe um sopro de energia nova 🎉. Se a Asa Branca tem recursos, que usem pra dar voz à gente de verdade, sem essa auto‑importância toda. Pode até ser um fenômeno de mídia, mas ainda assim, quem tá ligado no dia a dia vai curtir mais conteúdo local. 🙃

  3. Aline de Vries

    Essa mudança é como um vento novo pra região, né?
    Eu vejo um futuro onde a gente tem jornalismo que realmente escuta a gente, faz sentido apoiar a TV Asa Branca se eles mantiverem a integridade.
    É preciso cobrar transparência, mas também valorizar quem está tentando melhorar a informação local. Bora ficar de olho nas próximas edições!

  4. Wellington silva

    Do ponto de vista de mídia, a transição representa um realinhamento de fluxo de conteúdo que impacta diretamente a cadeia de valor regional.
    Ao integrar estúdios HD e reforçar a produção local, a ASA Branca potencializa sinergias entre jornalistas de campo e centros de decisão editorial, o que, teoricamente, eleva o nível de aderência ao público-alvo.
    Em termos práticos, isso significa mais oportunidades de storytelling profundo, menos dependência de conteúdos subsidiários da Globo e, consequentemente, um risco reduzido de homogeneização informacional.

  5. Mauro Rossato

    Caramba, que virada!
    É bom ver a Asa Branca entrando com tudo, trazendo frescor pra nossa terra.
    Espero que o AB2 dê voz aos cantos mais esquecidos do Agreste e do Litoral, sem perder a cara da nossa cultura.
    Vamos ficar ligados nas próximas coberturas, porque o que importa é a gente se reconhecer na tela.

  6. Tatianne Bezerra

    Chega de papo mole! A TV Asa Branca tem que mostrar força e dar cobertura completa aos nossos times, porque esse povo merece ser visto!
    Vou cobrar cada partida do CRB e do CSA ao vivo, e se não fizerem, eu vou arregaçar as mangas e protestar nas redes.
    É hora de mostrar energia e não ficar de braços cruzados enquanto a mídia deixa a gente na mão.

  7. Hilda Brito

    Ah, então agora a gente tem mais um canal que promete mudar tudo, mas será que realmente vai entregar algo diferente?
    História tem se repetido, e a maioria das promessas acaba no fim do mês.
    Fico na dúvida se essa nova fase vai ser só mais um marketing barato ou se realmente vem com conteúdo que vale a pena.

  8. edson rufino de souza

    Você já percebeu que tudo isso fica muito conveniente?
    A decisão do STF pode ser um disfarce para abrir brechas onde agentes ocultos manipulam a narrativa.
    Não é coincidência que a Asa Branca, controlada por interesses de fora, apareça agora.
    A gente tem que ficar esperto, porque o que parece transparência pode ser a ponta de um iceberg de controle ideológico.

  9. Bruna Boo

    Mais um telejornal, mais nada.

  10. Ademir Diniz

    Olha, o AB2 tem potencial de ser um bom veículo pra gente trocar ideia e ficar por dentro dos assuntos da região.
    Se a equipe continuar comprometida, vamos ter um conteúdo bem alinhado com a realidade do povo alagoano.
    Vamos dar apoio e também cobrar resultados, porque nada vem de graça.

  11. Luziane Gil

    Que bom ver a Asa Branca trazendo informação de qualidade pra gente!
    Vamos acompanhar e apoiar esse projeto, que pode fazer a diferença na nossa comunidade.

  12. Cristiane Couto Vasconcelos

    Adorei a iniciativa da Asa Branca trazer mais conteúdo local p/ a gente.
    Isso ajuda a gente a se sentir representado.
    Vamos acompanhar e curtir.

  13. Deivid E

    Mais uma tentativa de mudar a cara da mídia local - esperança, mas preciso ver se realmente entrega algo novo.

  14. Túlio de Melo

    A mudança traz novas perspectivas, porém é essencial que a Asa Branca preserve o respeito à diversidade de opiniões, mantendo um debate saudável e sem imposições.

  15. Jose Ángel Lima Zamora

    É imprescindível que a TV Asa Branca siga rigorosamente os princípios de ética jornalística. O público merece informações verificáveis, livres de quaisquer vieses ou interesses ocultos. Qualquer desvio será prontamente denunciado e, se necessário, sujeito a sanções institucionais.

  16. Debora Sequino

    Ah, como eu adoro quando uma nova emissora surge e promete mudar tudo - só que não!
    É mais um daqueles marketing de fachada que não entrega nada além de promessas vazias.
    Não vamos nos deixar enganar por filtros de brilho e jingles; a realidade é bem mais crua!

  17. Benjamin Ferreira

    A introdução do AB2 levanta questões importantes sobre a autonomia editorial e a responsabilidade social na mídia regional.
    É preciso analisar como esses fatores se inter-relacionam e quais impactos podem ter na percepção pública.

  18. Marco Antonio Andrade

    É muito bacana ver uma emissora que se preocupa em abraçar a cultura local, colocando em pauta nossas tradições e histórias.
    Vamos celebrar essa iniciativa e, ao mesmo tempo, participar ativamente, enviando sugestões e feedbacks para que o AB2 realmente reflita a nossa diversidade.

  19. Ryane Santos

    O início do AB2 marca um ponto de inflexão na paisagem informativa de Alagoas, e é fundamental analisarmos detalhadamente todas as suas implicações.
    Primeiramente, a mudança de afiliada rompeu com a monopolização histórica da Gazeta, permitindo que novos atores ingressem no cenário mediático.
    Em segundo lugar, a presença de jornalistas locais como Nathália Lopes e sua equipe agrega valor ao conteúdo, pois trazem uma perspectiva de dentro que antes era marginalizada.
    Adicionalmente, a decisão do STF não apenas anulou o contrato da Gazeta, mas também estabeleceu um precedente jurídico sobre a autonomia editorial, o que pode inspirar outros estados a revisarem acordos semelhantes.
    Do ponto de vista técnico, a transição para HD completa demonstra um comprometimento com a qualidade de transmissão, algo que impacta diretamente a experiência do telespectador.
    É importante notar que, embora a Globo Nordeste tenha mantido o controle de grade, a inserção de blocos temáticos regionais cria espaço para a produção de conteúdo original, como os documentários sobre o Agreste.
    Entretanto, há desafios a superar, como a melhoria do sinal nas áreas rurais de Arapiraca, onde a recepção ainda é falha, e a necessidade de investimento contínuo em infraestrutura.
    Outro ponto crítico é a sustentabilidade financeira da Asa Branca, que precisará equilibrar receitas publicitárias com a manutenção da produção local, evitando depender de cortes de conteúdo para economizar.
    Além disso, a integração de um aplicativo on‑demand será crucial para alcançar audiências mais jovens que consomem mídia digitalmente.
    Do ponto de vista sociocultural, o AB2 tem potencial de fortalecer a identidade alagoana, ao dar espaço a reportagens sobre turismo em Maragogi e a cultura popular do litoral.
    Isso pode gerar um efeito multiplicador, estimulando o desenvolvimento econômico local por meio do turismo.
    Continuamente, é vital que a audiência mantenha um olhar crítico, cobrando transparência e responsabilizando a emissora por possíveis desvios éticos.
    Somente assim o AB2 pode cumprir seu papel de segunda voz da Globo, contribuindo para um ecossistema midiático mais plural e representativo.
    Em síntese, o futuro parece promissor, mas dependerá da capacidade da Asa Branca de equilibrar inovação tecnológica, qualidade jornalística e responsabilidade social.

Escreva um comentário